Isaltino Morais (em julgamento) e Ferreira Torres (já julgado e ilibado e já triplo candidato à cãmara de MCanavezes) são exemplares da nova espécie de políticos autárquicos com título de "independentes". Em 2001 a lei abriu a possibilidade a candidaturas deste tipo e o resultado é que não veio nada de bom para a democracia portuguesa. As eleiçõe de 2009 estão à porta e a expectativa é que surjam mais candidaturas desta natureza. Mas haverá possibilidade real de candidaturas independentes? Nas investigações que tenho feito sobre o assunto (com incidência na juntas de freguesia), atrevo-me a avançar com a seguinte tipologia (em construçã) que espero viar a testar este ano.
Independentes genuínos: espécie rara... dependem de si e do eleitorado e não se declaram independentes por oposição aos partidos;
Independentes tácticos: têm uma concepção táctica da política e usam o rótulo para valorizar a sua acção como boa, isenta dos pecados e das desgraças dos partidos (defendem a ideologia dos independentes);
Independentes disfarçados: disfarçam-se de independentes uma vez que mantêm uma relação forte com os partidos (são uma espécie de pontas de lança dos partidos, vão e voltam, entregam e recolhem o cartão em função das circunstâncias);
Independento-partidários assumidos: (o nome é impronunciável) assumem as duas condições, respeitam o partido mas querem que o partido respeite a sua independência...pugnam pela sua liberdade mesmo que inscritos e com responsabildiades nos partidos;
Independentes forçados: por força do incómodo que causaram aos aparelhos partidários afastaram-se por força dos seus pecados ou foram convidados gentilmente a sair ou nunca mais foram convidados a ficar;
Dependentes: sujeitam-se às regras dos partidos, seguem as instruções dos líderes, não falam quandoe como querem (mesmo assim não o fazem de forma passiva - partilham de uma dependência moderada);
Hiperdependentes: aceitam o peso e as determinações da máquina partidária que reconhecem como superior comandante dos seus destinos. São acríticos e altamente condicionados pelo colectivo partidário.
Na experiência portuguesa de 2001 (câmaras municipais) mais de metade das candidaturas integraram a categoria de "independentes-forçados" e as restantes incluem-se na categoria de "independentes disfarçados".
Veremos o que aconteçe em 2009. Tenho esperanças de dar utilidade à primeira categoria....
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Penso que, na sua brilhante análise, se esqueceu de um espécime:
ResponderEliminarTACHO-POLÍTICO-DEPENDENTE:Ser,que não pensa, vegeta,venera sempre os seus supriores, e as directrizes do partido, em troca do tacho da subsistência, que é ao mesmo tempo, o tacho da incompetência.
poderá encontrar-me em
www.zapeador.blogspot.com